Nóticias IAC

Ganhos na canavicultura dependem de combinação de fatores

“Os ganhos de rendimento na canavicultura não podem depender apenas do potencial biológico dado pelo melhoramento genético, por meio de novas cultivares. Mas sim da combinação desses avanços com outros aspectos, como a proteção contra os fatores bióticos prejudiciais, a gestão do déficit hídrico com estratégias modernas, tais quais a irrigação sustentável associado ao Terceiro Eixo, e o manejo nutricional do ambiente de produção”, afirma o pesquisador e diretor-geral do IAC, Marcos Landell.

Identificar esses fatores de interação que influenciarão na expressão da produtividade é fundamental. Para Landell, a partir daí, é possível realizar uma verdadeira “network experimental” que gerará pacotes tecnológicos para cada variedade, permitindo a alocação desses insumos biológicos que atenderão a diversidade edafoclimática na maior área cultivada de cana-de-açúcar do mundo.

“O que nos impede nesse momento de caminhar com essa estratégia é a limitação de investimento que temos em pesquisas agrícolas. Mas vamos perseguir esse ideal sem permitir que o ideal nos paralise com frustrações de não o atingir no primeiro momento”, comenta.

Outras considerações de Landell sobre a queda no processamento de cana estão no boletim da Assocana, de março de 2025.

De acordo com a publicação, a DATAGRO projeta uma moagem de 612 milhões de toneladas de cana no Centro-Sul do Brasil, uma redução de 1,4% em relação à safra anterior. A produção estimada é de 42,35 milhões de toneladas de açúcar e 34,71 bilhões de litros de etanol.

Fatores como incêndios e seca impactaram o setor, mas a maior precipitação recente pode beneficiar a próxima safra. Além disso, mudanças no manejo, com ciclos produtivos mais curtos e ampliação de áreas de plantio, devem transformar o futuro dos canaviais.

Para mais informações acesse https://www.assocana.com.br/arquivos/upload/2025/BOLETIM-ASSOCANA-MARCO-SEMANA3-2025_.pdf