Centro de Fitossanidade
Histórico
As pesquisas na área de Fitossanidade, do Instituto Agronômico (IAC), tiveram início em 1892, com a criação da Seção de Fitopatologia. Posteriormente, foram criadas outras unidades para atuar na mesma área, ou seja, a Seção de Entomologia em 1936, a Seção de Virologia em 1954 e a Seção de Nematologia em 1990.
A partir de 15 de abril de 1998, as referidas Seções foram unificadas, passando a constituir o Centro de Fitossanidade do IAC. Com a criação da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios-APTA, a partir de 9 de janeiro de 2002, recebeu o nome atual: Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Fitossanidade.
Sobre
O Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Fitossanidade/IAC desenvolve projetos de pesquisa a longo, médio e curto prazos. Promove treinamentos e transferências dos conhecimentos na forma de estágios, eventos como Ciclo de Palestras de Fitossanidade, Simpósio Álvaro Santos Costa e Cursos.
O Centro tem como atribuição principal o suporte aos Programas de Melhoramento Genético da Instituição, para seleção e obtenção de plantas mais resistentes às pragas e aos fitopatógenos.
Essa atividade tem permitido o desenvolvimento e liberação, aos produtores, de cultivares de várias espécies, com boas características agronômicas e resistência a esses agentes. Atualmente, desenvolve atividades em colaboração nas culturas de alface, batata, milho, pimenta, quiabo, plantas aromáticas e medicinais, pupunha, romã e outras.
Desenvolve técnicas de obtenção de material de batata isento de patógenos, além de estudos com o objetivo de determinar meios de controle e manejo das principais doenças e pragas de culturas. Dentre esses estudos, destaca-se o teste bio-imuno-molecular para o levantamento e identificação de importantes vetores de doenças, como pulgões, tripes e moscas-brancas.
O Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Fitossanidade tem ainda a atribuição de analisar todos os materiais vegetais introduzidos, para fins de pesquisas, através de sua Estação Quarentenária, nas áreas de Entomologia, Fitopatologia, Nematologia e Virologia, além da área de Plantas Daninhas.
O Quarentenário IAC é uma das principais Estações em funcionamento no País e está realizando grandes investimentos em suas estruturas e gerenciamento, a fim de adequá-la às novas normas federais de introdução de material vegetal. Sua função primordial é detectar, identificar e conter pragas exóticas presentes em materiais vegetais importados, para pesquisas científicas.
Os PqCs do Centro contribuem em disciplinas de Pós-graduação do IAC e de outras Instituições, oferecem estágios em vários níveis, realizam eventos técnico-científicos, além de pesquisas em parcerias com Empresas Privadas. Além disso, atuam em projetos voluntários, visando a divulgação dos conceitos básicos da ciência relacionados à saúde das plantas e estimulando a formação de futuros Pesquisadores Científicos, com consciência na importância da Defesa Sanitária Vegetal e Sustentabilidade da Agricultura Paulista e Nacional.
Com os conhecimentos adquiridos ao longo das atividades nas áreas da Fitossanidade, os Pesquisadores têm contribuído no diagnóstico de pragas e doenças causadoras de prejuízos, principalmente aos pequenos produtores, da Agricultura Familiar e têm levado informações sobre o seu manejo, solucionando os problemas nas culturas.
Atuação
Produtos e serviços
A introdução no Brasil de materiais vegetais de outros países para fins de pesquisa científica é regulamentada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), que determina a obrigatoriedade de quarentena. Isso se deve à necessidade de se evitar a introdução de pragas exóticas (insetos, fungos, bactérias, vírus, nematoides, plantas daninhas) que têm potencial de causar grandes prejuízos à agricultura brasileira.
O Quarentenário IAC é uma Estação Quarentenária credenciada pelo MAPA através da Portaria nº 56, de 11 de maio de 1998 para realização dessas quarentenas. Segue normas rigorosas de funcionamento, fundamentadas nas Normas Internacionais para Medidas Fitossanitárias (NIMF 34).
Possui instalações adequadas, como câmaras frias, freezers e geladeiras para armazenamento da quantidade total de material importado, laboratórios e casas de vegetação, salas de incubação de material in vitro, adaptados às normas de segurança fitossanitária e ambiental. Os testes fitossanitários são realizados por uma equipe de pesquisadores científicos da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, especializados nas diferentes áreas de sanidade vegetal: Fitopatologia, Virologia, Biologia Molecular, Nematologia, Entomologia, Patologia de Sementes, Matologia e Cultura de Tecidos.
Os usuários desse trabalho são empresas privadas e instituições públicas que atuam na área de pesquisa científica em agricultura.
Antes do recebimento dos materiais, as empresas ou instituições públicas seguem um protocolo coordenado pelo MAPA de solicitação de autorização para importação, providenciando uma documentação para trâmite internacional de materiais vegetais e solicitam um aceite do Quarentenário, que atenderá o pedido conforme sua capacidade de trabalho e armazenamento. Deve haver uma sincronização das ações, para que não se exceda a capacidade de trabalho e armazenamento do material e os testes sejam realizados com agilidade e segurança fitossanitária.
Após a realização dos testes e, sendo constatada a ausência de pragas quarentenárias, é emitido pelo quarentenário um laudo final de sanidade e, após autorização do MAPA, os materiais são liberados aos importadores. Quando é constatada alguma praga quarentenária, o MAPA é comunicado e decide se o material será ou não destruído.
De modo geral, o tempo necessário para a realização de todos os testes varia de um mês, para sementes e materiais in vitro, a seis meses, para plantas perenes propagadas por estacas.
Equipe
Endereço
Avenida Theodureto de Almeida Camargo, 1.500
Jardim Nossa Senhora Auxiliadora
Campinas (SP) Brasil
CEP 13075-630
Fone (19) 3202-1681 / 1778
Informações, preços: quarentenaiac@gmail.com
Solicitação de aceite: aceiteiac@gmail.com