Centro de Horticultura
Histórico
Pesquisas diversas envolvem as áreas de melhoramento genético de hortaliças, raízes e tubérculos, aromáticas, medicinais e condimentares, floricultura e plantas tropicais. Os estudos são focados também em fitotecnia e nutrição de plantas. As atividades são realizadas em interação com outros Centros do IAC, outras unidades da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo e instituições de pesquisa e ensino. A estratégia é direcionada ao desenvolvimento de variedades de plantas com foco em resistência às pragas e doenças e rusticidade em relação ao uso de água e fertilizantes, somadas às características nutricionais superiores e, possivelmente, com princípios ativos de fármacos. Busca-se também o aumento da disponibilidade de flores e de plantas ornamentais, com consequente ampliação de emprego e renda no campo.
Destacam-se os lançamentos de 39 cultivares hortícolas, quatro cultivares de batata, três de batata-doce, 20 de mandioca e 27 de flores.
A pesquisa em floricultura e plantas ornamentais no Instituto Agronômico em Campinas, teve início na década de 40 e as primeiras espécies em estudos foram as floríferas anuais, as orquídeas e as rosas. No início dos anos 60, foram plantadas as primeiras mudas de árvores e palmeiras na área do "Monjolinho".
Mais tarde foi criada da Seção de Floricultura e Plantas Ornamentais, com uma grande expansão das coleções de árvores e palmeiras. A pesquisa veio a se solidificar a partir do final da década de 70, com a vinda de novos pesquisadores para a unidade. Em 1997, foi oficialmente lançado o primeiro cultivar de ornamental no país, o antúrio ´Astral`, como resultado da pesquisa desenvolvida no IAC e depois deste outras seleções têm sido disponibilizadas aos produtores.
Atualmente as coleções de plantas vivas contam com cerca de 1.500 espécies de árvores e 600 de palmeiras, entre exóticas e nativas, e centenas de espécies de herbáceas, das quais destacam-se as Heliconia, Hemerocallis, Costus, Hippeastrum e Alstroemeria. As atividades de pesquisa vêm sendo desenvolvidas com diversas espécies ornamentais. Os experimentos estão distribuídos no Instituto Agronômico, em Campinas, e em Pólos Regionais localizados em diferentes regiões do Estado, e também, junto a empresas privadas.
Hortaliças
Os trabalhos em hortaliças no IAC consolidaram-se em 1937 com a criação da antiga Seção de Olericultura.
Logo no início tiveram que ser vencidas as limitações impostas pela II Guerra Mundial, em um sistema de cultivo dependente, sobremaneira, da importação de sementes.
Na fase do pós-guerra a experimentação, inclusive de caráter regional, trouxe importantes contribuições para o fortalecimento da Olericultura paulista e nacional, principalmente com o desenvolvimento de cultivares melhorados e o aperfeiçoamento das técnicas culturais.
A partir de 1970, a Seção de Olericultura foi desmembrada em duas: Seção de Hortaliças Diversas e Seção de Hortaliças de Frutos, esta trabalhando com abóbora, melão, morango, pepino, pimentão, quiabo, tomate, entre outras. Em 1994 as atribuições da Seção de Hortaliças Diversas foram incorporadas às atribuições da Seção de Frutos, acrescentando-se a pesquisa com as culturas de alcachofra, alface, brócolos, cebola, cenoura, couve-flor, rabanete, repolho, salsa e outras espécies de hortaliças.
Teve como atividades e linhas de pesquisa: a manutenção das coleções completas de sementes das hortaliças, a introdução de material vegetal e estudos de comportamento de coleções de germoplasma, de melhoramento genético, de comportamento de variedades e cultivares nas diferentes regiões ecológicas do Estado, práticas agrícolas e tratos culturais, nutrição e adubação, de propagação, de cultivo em ambiente protegido, entre outros.
Em 1998, a Seção de Hortaliças passou a integrar o Centro de Horticultura do IAC, hoje Centro APTA de Horticultura, com sede na Fazenda Santa Elisa, em Campinas.
O Instituto Agronômico pesquisa há mais de 60 anos plantas com propriedades medicinais, aromáticas, inseticidas e corantes. Os trabalhos tiveram início com plantas inseticidas na antiga Seção de Fumo (fundada em 1935), que incorporou os estudos com piretro na década de 40. A partir daquela planta, que era a principal matéria prima para inseticidas da época, outras espécies com atividade medicinal e aromática, passam a fazer parte do elenco de pesquisas desenvolvidas pela Seção, aumentando significativamente o tamanho e importância da coleção de plantas. Hoje o Instituto Agronômico mantém 198 espécie de interesse medicinal, aromático corante, inseticida ou condimentar, numa coleção viva.
As espécies de pequeno porte são cultivadas em canteiros e as espécies de maior porte numa significativa área da Fazenda Santa Elisa em Campinas - SP. Existem ainda coleções com necessidades edafoclimáticas específicas, mantidas nos Pólos Regionais apropriados como urucum, canela e cravo.
A partir da década de 1960, a Seção de Plantas Medicinais e Aromáticas deu importante apoio ao desenvolvimento da produção de óleos essenciais, desenvolvendo tanto tecnologia industrial para extração das essências, como no melhoramento de espécies. A variedade de menta IAC - 701, foi a responsável pelo Brasil tornar-se o maior produtor mundial de mentol até o advento do mentol sintético. Atualmente, com o interesse do mercado por produtos naturais, os trabalhos buscam nas plantas pesquisadas as substâncias naturais que podem substituir as sintéticas, visando uma melhoria do produto final, geração de novas opções de cultivo e inserção do agricultor paulista nesse importante segmento do agronegócio. Atualmente os laboratórios são qualificados para a extração de óleos essenciais em pequenos volumes (a partir de 200 ml de folhas), existindo ainda uma planta industrial capacitada para extrações de óleos por destilação por arraste de vapor até em escala semicomercial. Conta com equipamentos (caldeira, dornas, trocadores de calor e funis separadores), com diversas capacidades de extração, podendo chegar até a 1 tonelada de folhas, ou 3m3 de volume.
Sobre
Atuação
Linhas de Pesquisa em Floricultura
• Banco de Germoplasma
Manutenção de coleções de espécies arbóreas e palmáceas e algumas herbáceas como: Heliconia, Costus, Hippeastrum e Alstroemeria.
• Biotecnologia
Desenvolvimento de protocolos para a multiplicação in vitro de espécies herbáceas, dentre elas: alstroemeria, amarílis, antúrio, bromélia, rosa, violeta-africana.
• Melhoramento Genético
Seleção de novas variedades adaptadas ao clima sub-tropical de antúrio, amarílis, gladíolo e hemerocalis.
Paisagismo
Desenvolvimento de projetos de paisagismo e pesquisa de recuperação de áreas degradadas.
Tecnologia Pós-colheita
Desenvolvimento de técnicas para a conservação pós-colheita de flores e folhagens, como o antúrio, orquídeas, cravo.
Tecnologia de Produção
Estabelecimento de técnicas de propagação e cultivo de espécies de Heliconia.
Linhas de Pesquisa em Hortaliças
• Coleção de germoplasma
Manutenção e caracterização de coleções de espécies e cultivares de abóbora, alface, alho, beterraba, brócolos, bucha, cachi, cebola, cenoura, couve, couve-flor, feijão-vagem, maxixe, melancia, melão, morango, moranga, pepino, pimenta, pimentão, quiabo, repolho, salsa e tomate.
• Melhoramento genético
Desenvolvimento de novos cultivares de morango, pimentão, quiabo e tomate.
• Teste de cultivares
Avaliação de cultivares comerciais de brócolos, bucha, jiló, morango, quiabo, rabanete, rúcula, pimentão e tomate em diversos sistemas de cultivo.
• Adubação
Estudos de adubação de hortaliças em geral, no sistema convencional e orgânico
Produtos e serviços
Endereço
Avenida Theodureto de Almeida Camargo, 1500 Jd. Nossa Senhora Auxiliadora, Campinas/SP