Nóticias IAC
IAC premia usinas do Centro-Sul que mais utilizaram suas variedades na safra 2023/24
Homenagem foi entregue durante cerimônia de comemoração dos 30 anos do Programa Cana IAC
Durante a celebração de seus 30 anos, o Programa Cana do Instituto Agronômico (IAC) premiou as usinas da região Centro-Sul do Brasil que mais utilizam suas variedades de cana-de-açúcar. Entregue pelo segundo ano consecutivo, o Prêmio +IAC usou como fonte de dados o censo varietal realizado pelo Instituto na safra 2023/2024, que analisou as variedades usadas por 227 unidades produtoras de cana-de-açúcar, que representam 6,3 milhões de hectares da área cultivada com a cultura na região.
O Prêmio +IAC tem duas categorias: unidades com mais áreas cultivadas com variedades IAC e unidades com mais market share regional e nacional com variedades de cana desenvolvidas pelo Instituto.
A Usina Jalles Machado foi a vencedora na categoria unidades com maior área cultivada com variedades IAC, cultivando um total de 15.910 hectares. Na segunda posição ficou a UISA, com 15.010 hectares, seguida da Associação Rural do Vale do Rio Pardo (Assovale), com 13.701 hectares.
A categoria com as unidades que possuem maior market share com variedades do IAC premiou unidades em nove regiões do país. No âmbito nacional, o Grupo Denusa foi o agraciado, com 54,5% de suas áreas cultivadas com materiais desenvolvidos pelo Programa Cana IAC.
No Paraná, a vendedora foi a usina Jacarezinho, com 5,5% da área total cultivada com variedades do IAC. No Mato Grosso do Sul, o prêmio foi entregue para a BP Bunge – Monte Verde, com 12,1% da área cultivada com materiais IAC. Em Minas Gerais, a BP Bunge – Itapagipe também foi a unidade que mais se destacou, com 26% da área com variedades do Instituto Agronômico. No Mato Grosso, o destaque ficou com a Assovale, com 38,2%.
Em São Paulo, na região de Jaú, o prêmio ficou com a Usina Santa Fé, com 7,9% da área. Na região de Piracicaba, o destaque foi para a Raízen, com 8,6% da área. Em Ribeirão Preto, o prêmio foi entregue à Usina Pedra, com 18,5% da área cultivada com materiais do IAC. Em São José do Rio Preto, o destaque foi a BP Bunge – Ouroeste, com 23,6%. Já em Assis, a usina Agroterenas foi a campeã, com 25,7% da área total cultivada com variedades IAC.
“Este prêmio é uma homenagem às unidades de produção brasileiras que utilizam as cultivares de cana-de-açúcar desenvolvidas pelo Programa Cana IAC. O setor tem à disposição o total de 35 variedades do Instituto, com características importantes relacionadas à produtividade, mais teor de açúcar e porte ereto, por exemplo. Este prêmio é um reconhecimento aos nossos parceiros que confiam no trabalho desenvolvido pelo Programa Cana e que estão abertos a utilizar em suas áreas de produção variedades mais modernas”, afirma Rubens Braga Júnior, consultor do Programa Cana IAC.
Censo varietal
Os dados do censo varietal foram obtidos a partir do preenchimento de formulários por usinas, destilarias, cooperativas e associações de fornecedores de cana e foram separados em dois grupos em função da época em que as safras são conduzidas: Centro-Sul (colheita entre abril e novembro) e Norte-Nordeste (colheita entre setembro e abril). A expectativa é que o censo completo seja divulgado pelo IAC em um Boletim Técnico que deve ser publicado no início de 2025.
Realizado há oitos anos pelo Programa Cana IAC, o censo varietal tem o objetivo de gerar informações importantes para o setor sucroenergético brasileiro, levando de forma transparente as estratégias utilizadas nas principais regiões produtoras de cana do Brasil em relação às variedades utilizadas.
Os dados levantados permitem o estudo da evolução das áreas de expansão da cultura de forma regional e viabilizam o estudo geográfico do deslocamento da cana-de-açúcar. “Além disso, conseguimos verificar com o censo as regiões que ampliaram ou reduziram suas áreas de renovação e, por consequência, aumentaram ou diminuíram a idade de seus canaviais”, afirma Braga Júnior.
De acordo com o consultor do Programa Cana IAC, as análises realizadas a partir dos dados levantados fornecem informações sobre a proporção de variedades precoces, médias e tardias e a indicação de riscos biológicos oriundos da elevada concentração varietal e uso de variedades modernas com porte ereto e altamente perfilhadas, que são considerados índices de qualidade para variedades usadas em cada região.