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Pesquisa e difusão tecnológica agrega valor à cadeia produtiva da cachaça

Nos últimos anos, o produtor rural passou por um processo de tecnificação e busca pela eficiência para se tornar cada vez mais competitivo no mercado 

 

“Você pensa que cachaça é água! Cachaça não é água não!”  13 de setembro, brindamos o autêntico e típico destilado brasileiro – a Cachaça. Diante dos novos desafios em atender as demandas, os institutos de pesquisa da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo tem investido no aprimoramento contínuo da cachaça paulista por meio dos institutos de pesquisas, que fomentam a cadeia de produção da cachaça com estudos de variedades de cana-de-açúcar, juntamente com as ações do Grupo de Estudos da Cadeia da Cachaça (GECCA), que atua em atividades de pesquisa, desenvolvimento, inovação tecnológica e transferência de conhecimentos a todos os atores da cadeia da cachaça.   

O GECCA é composto por pesquisadores das unidades de pesquisa da APTA Regional de Piracicaba e de Bauru, sob a coordenação da pesquisadora Elisangela Marques Jeronimo Torres, em parceria com o Instituto de Economia Agrícola (IEA – APTA), além da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI-SAA), Câmara Setorial da Cachaça Paulista e Universidades. 

Segundo Elisangela, a adoção de novas tecnologias está em constante evolução no setor, junto às boas práticas no processo de produção, à qualidade da cana-de-açúcar como matéria-prima, as linhagens de levedura para fermentação, os cuidados com a destilação e a dinâmica da comercialização.  

“O Estado de São Paulo produz cachaças de excelente qualidade, reconhecidas em concursos nacionais e internacionais de destilados. O produto hoje tem novo status, destinado a um nicho de consumidores mais exigentes e dispostos a pagar mais por uma bebida diferenciada”, enfatiza Elisangela. 

Os pesquisadores participaram da retomada da Câmara Setorial da Cachaça Paulista, do lançamento do livro "Cachaça.SP", do lançamento da Instrução Prática “Produção Artesanal de Derivados de cana-de-açúcar: açúcar mascavo, melado e rapadura” (em parceria com CATI), além da participação em eventos e feiras de divulgação da bebida de qualidade produzida no Estado de São Paulo – Cachaça.SP. 

Atualmente o Gecca tem trabalhado na proposta para a realização do Concurso Cachaça.SP, por meio da Secretaria de Agricultura, que será lançado em breve, visando valorizar, divulgar e realizar um resgate cultural da cachaça produzida no estado de São Paulo, focando na sustentabilidade da cadeia da cachaça paulista.  

 

Variedades de cana para cachaça 

O Programa Cana do Instituto Agronômico (IAC-APTA) está realizando testes com quatro variedades de cana-de-açúcar [IACCTC-8008, IACSP97-4039, IACSP95-5094 e IACSP01-5503] em regiões produtoras de cachaça do Litoral Norte de São Paulo e do Rio de Janeiro. Os experimentos tiveram início no começo deste ano.  

Para produzir cachaça, a variedade deve ter baixo teor de fibras, alto teor de sacarose e baixo teor de acidez, além de ser produtiva, resistente a doenças e adaptada à região onde será cultivada.  

“É desejável, porém não imprescindível, que a cana tenha fácil despalha e apresente pouco joçal, que são cristais de silica (pelos) das folhas de cana que podem provocar alergia nos trabalhadores”, explica a pesquisadora do Programa Cana IAC, Raffaella Rossetto.  

 

Informações à imprensa 

 

Assessoria APTA Regional  

Lisley Silvério (Mtb 26.194)

lsilverio@sp.gov.br  

 

 

Assessoria IAC 

Carla Gomes (MTb 28156)   

carla.gomes@sp.gov.br  


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