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Centro de Cana do IAC obtém deferimento de extensão de Certificado de Qualidade em Biossegurança (CQB) para experimentação de plantas transgênicas de cana

O Centro de Cana do Instituto Agronômico (IAC) obteve deferimento de extensão de Certificado de Qualidade em Biossegurança (CQB) para experimentação de plantas transgênicas de cana-de-açúcar a campo. A aprovação, obtida em maio de 2022, faz parte das entregas tecnológicas propostas no projeto Centro de Ciência para o Desenvolvimento CDC-CROP-IAC (Citrus, Coffee and Cane: Research organization for Innovative Products). O deferimento envolve área de um hectare, aproximadamente, em Ribeirão Preto, interior paulista. O espaço deverá ser utilizado na avaliação de variedades transgênicas de cana-de-açúcar e de cana-energia. Esses materiais contêm características de interesse para o setor sucroenergético, como tolerância à seca, aumento de biomassa, resistência a pragas e a herbicidas, resistência à doença do carvão e ainda modificação da biomassa lignocelulósica para produção de etanol de segunda geração.

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“Estamos prospectando genes envolvidos com essas características há mais de uma década, com aporte significativo de recursos em pesquisa da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Fundação de Apoio à Pesquisa Agrícola (FUNDAG). Acreditamos que, pelo montante investido, a importância da cultura e o conhecimento gerado, poderemos trazer uma contribuição significativa no desenvolvimento de cultivares de cana com alicerce biotecnológico”, comenta a pesquisadora do IAC, Silvana A. Creste Dias Souza.

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Com essa área, serão complementadas as avaliações das plantas transgênicas que estão sendo realizadas pela equipe técnica da Nuseed Bioenergia (anteriormente chamada Granbio Investimentos S.A.), empresa parceira do IAC no projeto CDC-CROP-IAC. “Temos experimentos sendo conduzidos pela empresa parceira em Alagoas, desde 2017, e há plantas promissoras com características de tolerância à seca e aumento de biomassa selecionadas naquela área. No entanto, há a necessidade de validarmos sua estabilidade em mais locais, antes de iniciarmos a desregulamentação para liberação comercial”, comenta Silvana.

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De acordo com a pesquisadora do IAC, a área deferida também poderá ser um importante site de experimentação para validação de plantas geneticamente engenheiradas dentro do ambiente público de pesquisa. “Temos vários colaboradores das universidades públicas atuando em pesquisa nessa área, porém, sem condições de seguirem adiante devido à falta de uma unidade experimental a campo para validar os estudos. Com essa área, será possível fortalecermos nossas parcerias e atuarmos pontualmente na pesquisa e desenvolvimento de cana geneticamente engenheirada”, diz.

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